segunda-feira, 29 de julho de 2013

Supertramp - Vencendo em terreno acidentado

Fonte: Radio Max Music

Era só para ser um negócio, nada mais, mas virou um ícone da música pop mundial. Como não poderia ser diferente, veio da Inglaterra. Foi, na acepção da palavra, uma banda feita sob encomenda do milionário holandês Stanley August Miesegaes. A formação ficou a cargo de Rick Daves.

Vejam só as pérolas que formaram a banda: Roger Hogdson, Douguie Tomson, Mark Hart, Tom Walsh, Kevin Currie, Richard Palmer-James, Bob Miliar, Keith Baker, Dave Winthrop e Frank Farrell. A formação actual é o trio Rick Davies, Jhon Helliwell e Bob Siebenberg, todos estão no grupo pela terceira vez.

Para quem ainda não atinou, estou falando da Supertramp, que no começo se chamada Daddy. foi um curioso caso de grupo que teve grande sucesso de crítica, mas fracassou em vender seu primeiro álbum, em 1970. As primeira baixas, em decorrência do fiasco de público, foram Richard Palmer e Robert Milliar. cantar para agradar críticos, não fazia e ainda não faz o eu feitio.

É a vantagem de se ter um chefe por trás da organização, o projecto não corre o risco de desandar na primeira curva, ainda que sofra danos. afinal, ele está lá para corrigir falhas e apresentar resultados. é o que um empresário de verdade faz; um dia os teremos no Brasil.

Mas o segundo fracasso comercial foi demais. Mesmo com o primor musical, marca registrada da banda, o álbum Indelibly Stamped naufragou, e eles perderam o patrocínio. Hoje o LP em perfeitas condições, é ítem valioso de colecionador. A banda parecia estar morta e enterrada, mas era só catalepsia.

Crime Of The Century finalmente emplacou. Os sucessos Dreamer, School e Bloody Well Right deram início à rotina de altos e baixos, tirando a Supertramp do caixão antes que ele fosse fechado. Ainda que de vez em quando volte ao leito do hospital musical.

Hodgson saiu em 1982, com várias versões motivacionais, nenhuma delas convincente. Ele saiu do Supertramp, mas o Supertramp não saiu dele, que até hoje mantém o estilo da banda.

Já macaco velho e com experiência, Davies contou com a participação de David Glimour, do Pink Floyd, para o álbum Brother Were You Bound. O catatau musical, com a participação de Glimour, e canção-título, tem eternos dezesseis minutos... O equivalente a quatro ou cinco músicas normais longas, só que sem os intervalos.

A formação em vigor é de 2010. Mesmo com quarenta e três anos oficialmente no mercado, tem apenas onze álbuns, justo por conta das quase mortes e das debandadas. Uma desvantagem? Nem tanto. Sabe-se lá se a banda manteria o padrão, se todo mundo estivesse confinado, preso por uma cláusula contractual desde o começo? Há quem diga que Miesegaes foi útil para dar o pontapé, mas que sua saída garantiu a sobrevivência digna da banda.

Como toda banda comercial que se preze, ainda que não se renda ao mercantilismo da moda, a exemplo de Bee Gees, eles exploram bem os sucessos do passado, se valendo justamente dos poucos álbuns e da história repleta de lendas e polêmicas. É um exemplo de como o capitalismo, devidamente DOMADO, pode produzir coisas boas.

Eu recomendo muito a banda, mas deixo claro que é uma banda pro-fis-si-o-nal. Eles estão lá para garantir o pão de cada dia, a rigor não fazem caridade em turnês. Para quem não tem preconceito contra quem quer receber pelo seu trabalho, embora nada os impeça de fazer caridade em suas carreiras solo, o som da Supertramp é ágil sem ser apressado. É como uma locomotiva, que mesmo em boa velocidade, te permite apreciar a paisagem e meditar, com um mínimo de solavancos.

Posso assegurar que, apesar de ser um trabalho, eles o fazem com gosto. Amam o que fazem. provavelmente a velha guerra de egos está entre os principais, se não o principal, motivos para a grande rotatividade de membros, fora os músicos d apoio, que dão uma pequena multidão.

O website da banda é este aqui, devidamente equipado com sua lojinha, cheia de coisas legais, a preços não tão legais.

Um monte de vídeos em uma mesma página do Youtube, clicar aqui.

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