sexta-feira, 27 de julho de 2012

Eu recomendo: Ayumi Hamasaki

Calendário escaneado por: http://www.ayubrasil.com/

Dona de uma beleza fina e de uma voz sofisticada, Ayumi Hamasaki ou 浜崎 あゆみ, é mais uma das jóias que nossa "cultura" pubiana mantém longe do conhecimento do grande público, que infelizmente talvez não esteja preparado para receber pérolas, não sem tentar mastigá-las. Nasceu em Fukuoka, em dois de Outubro de 1978.

Essa moça a mim relevelada pelo J-Station, aqui, é cantora, compositora, modelo, empresária e actriz, ou seja, uma artista completa. Com suas letras bem construídas, melodias bem calculadas, um estilo todo próprio de cantar e se produzir, ela tornou-se a imperatriz do pop no Japão, com forte prestígio na China, Coréia, Cingapura e Taiwan. Lembrando que o Japão é uma monarquia imperial.

A moça tem temperamento forte. Quando decide brigar, as faíscas saltam longe. Em 2004 brigou com a gravadora Avex, por se sentir insatisfeita com o tratamento e posição hierárquica que ocupava lá dentro, Quem conhece os japoneses, sabe do que eu estou falando. Claro que a peleja se refletiu nas vendas e na publicidade da cantora, que amargou um curto período de declínio... Mas vá, não foi uma queda livre, ela recuou um ou dois degraus para subir por outra escada.

Divorciou-se recentemente, para a esclerosada mistura de alegria e tristeza dos fãs. Tristeza porque uma separação é sempre traumática, alegria porque ela está disponível... É os garotos sempre sonham muito alto. A intimidade com os fãs é percebida no apelido que lhe deram, Ayu. É uma mulher acessível, que gosta de sentir a presença de seu público muito além das platéias em seus shows pelo extremo oriente.

Sua estréia, já mulher feita, foi em 1998. A idade contribuiu muito para que seu trabalho já começasse maduro, com um padrão de qualidade elevado. Só no Japão, em plena época de downloads e compartilhamentos, já vendeu mais de cinqüenta milhões de discos, tem o maior número de singles no topo das paradas, o maior número de primeiros lugares consecutivos no Oricon, entre outros recordes que se tornaram rotina.

Sua história é marcada pela dureza. O pai abandonou a família quando ela tinha três anos, para nunca mais dar notícias. Como a mãe sustentava a família, foi educada pela avó, com todos os rigores de uma matriarca que conheceu os horrores da guerra e viveu para contar. Estreou como modelo aos sete anos, para ajudar a família, o que a levou a se mudar para Tókio aos quatorze, já com algum conhecimento da malandragem do meio, menos susceptível ás armadilhas da metrópole. Sua estatura mignon a prejudicou, teve uma curta carreira como actriz, ficou insatisfeita e foi morar com a mãe, que então também morava em Tókio.

Cabeçuda, foi declinando na escola, por não ver utilidade das matérias em sua carreira. Virou dançaria de boate, mas não deu o braço a torcer. Perceberam o naipe da cidadã? Pois é. Um belo dia, após ouví-la cantando em um karaoke, aliviado por ouvir uma voz tão bela e afinada em meio a tanta cacophonia com pretensões a Karen Carpenter, o produtor Max Matsura a conheceu por um amigo comum. Foi uma luta, muita insistência até ela aceitar gravar um disco, porque desconfiou das intenções do sujeito. Viram como é cabeçuda? Imaginem, duvidar das boas intenções de um produtor de artistas! Que absurdo!

Ela começou a fazer aulas de cantos, mas encrespou com seus instrutores e foi mandada para Nova Iorque, mantendo contactos diários, a decisão mais acertada das vidas de ambos. Ela desabrochou e se mostrou muito melhor do que ele esperava, dando a mão à palmatória; Ela estava certa o tempo todo, os instrutores estavam errados. Ela voltou ao Japão muito melhor, como artista e como pessoa. Japonês é dramático por cultura, Ayu é o drama em pessoa.

Rainbow,  do fim de 2002, foi seu primeira com uma música música em inglês, acreditou e acertou que só com o japonês não conseguiria passar tudo o que tem a dizer, mesmo com todo mundo comprando seus discos assim mesmo. Sem medo de experimentar, e pagar pelas conseqüências, culminou no "A Best 2", onde gravou duas versões musicais. White é a versão optimista, que fala de amor, esperança e tudo o que pode levantar o astral de uma pessoa. Black é o oposto, embora não seja exactamente depressiva, é introspectiva e melancólica, te derruba no sofá e te faz meditar sobre a vida que levaste até agora. Fez sua primeira turnê realmente internacional, embora restrita ao extremo oriente, para promover o trabalho, e obteve o êxito esperado.

O que ela tem feito actualmente, inclusive para superar o divórcio? Trabalhado. Tem trabalhado muito, inclusive para mostrar ao genitor, se é que o último tsunami não fez o favor de levá-lo embora, que ele não passa de um saco de esperma e não faz falta nenhuma. Ah, não entendes japonês? É fácil encontrar letras traduzidas no sites de música, além do quê, é bem mais agradável ouvir aquela voz adocicada e saber que canta cousas bonitas, do que o festival de onomatopéias pubianas que invadiram o Brasil, estas sim, sem significado de porcaria nenhuma.


Fã site da Ayumi, clicar aqui.
Website da Ayumi, clicar aqui.
Notícias sobra Ayumi, clicar aqui.
Ayumi na Wikipédia, clicare aqui. aqui.

0 comentários: