sábado, 5 de novembro de 2011

Amy-a, ou faça o favor de calar-se!

 Lembram do estardalhaço que a imprensa fez, quando Amy Winehouse faleceu? Lembram dos jornalecos levianos, torpes, que anunciaram que ela tinha comprado enormes quantidades de drogas no dia anterior? Lembram dos trolls de chocadeira que encheram fóruns de internet com mensagens baixas, denegridoras e até caluniosas contra quem já não pode se defender?

Sim, vocês se lembram porque foi alardeado à exaustão. Mas assim como Elvis, Marylin e Jackson, ninguém teve a mesma boa vontade para alardear o que a medicina forense concluiu, Amy morreu tentando se livrar das drogas, preferiu sofrer as crises de abstinência a recair. Embora de compleição delicada, sua personalidade era alterofilista.

Tendo nos agraciado com sua vinda em 14 de Setembro de 1983, e nos deixado em 23 de Julho deste triste ano de 2011, Amy Jade Winehouse (seu website) encarnou com perfeição as divas negras americanas dos anos quarenta e cinqüenta. Talvez com perfeição excessiva. Posso dizer, sem entrar em detalhes desnecessariamente sórdidos, que assim como uma pistoleira pode arruinar a vida de um homem, um canalha pode arruinar a vida de uma boa moça.

O que ninguém da imprensa faz questão de lembrar, é que ela foi uma pessoa acessível, sem frescuras para com o público e mesmo para com os jornalistas, foi autêntica ao extremo. Por isso mesmo não hesitava em perder as estribeiras com os abusos de paparazzis, o que lhe rendeu muitos desafetos nos jornalismo 'especializado'.
Turrona e cabeça dura, como este escriba, ela acabou obcecada por quem não deveria e quase arruinou uma carreira ainda em ascensão.

Os murrinhas fazem questão de apontar a pouca fortuna que ela deixou, mas são os mesmos que sempre reclamam que os artistas são ricos demais. Então eu pergunto, dois pontos: É da sua conta?

Muita gente não sabe o que significa isso, mas Amy era madrinha. Uma madrinha, pela tradição, é alguém que assume a criança quando seus pais faltam, não que os abutres de pasquins de acetona se importem. A menina Dionne Bromfield (sua homepage) sempre foi incentivada pela madrinha e está cantando desde 2009, hoje está no segundo álbum. Como era consigo? Amy foi uma madrinha carinhosa e protetora, que não deixou a afilhada desperdiçar seu talento, quando a ouviu cantar em casa. Seu estilo é parecido com o da madrinha, mas não com a melancolia, provavelmente pela pouquíssima idade. A menina tem talento, ao contrário dos detratores, que alardeiam que só faz sucesso sobre o cadáver da madrinha.

Posso dizer que quem denigre Amy, hoje, é o mesmo grupo que se aproveitou de suas fraquezas, que torce e até faz macumba para um grande talento cair em desgraça, só para ter o que publicar, já que talento para informar o público de assuntos importantes, não têm. O que eles desdém, é que Amy Winehouse não deixou ninguém desamparado, seja financeiramente, seja em recursos para continuar a viver por seus meios. Livros de memórias da moça, músicas inéditas e muito material está à disposição da família.

Para quem conhece o cidadão, direi algo que dá uma idéia com acento da boa pessoa que ela foi na terra. Amy era amiga, e fez dueto, com ninguém menos do que Tony Bennett, um dos maiores cavalheiros da música mundial, cujo veredicto sobre um artista pode atrair para o mesmo, a simpatia até do público mais conservador. Nele se vê realmente que ela foi uma legítima diva, em par perfeito com um astro de primeira grandeza, que já dispensa imprensa e marketing para continuar trabalhando. Quem duvida do caráter de Bennett, ou não o conhece, ou merece levar umas bolachas!

Façam como o Solda, Amy-a ou deixe-a, ou mantenha a matraca fechada.

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