quinta-feira, 8 de abril de 2010

Charges: uma introdução talicôisica

Lendo o texto do Nanael, fiquei impressionada com a apropriadíssima charge sobre o tema de seu "sou pago pra vadiar". Comecei a matutar sobre esses desenhos,, que, às vezes com alguns rabiscos simples transmitem mais ideias do que eu sou capaz de fazer com um amontoado de linhas.

Um texto do prof. Fernando A. Moreti explica muito bem o surgimento dessas, como ele muito corretamente chama, formas gráficas de humor. Concordo com ele quando afirma que esta arte existia desde as cavernas. Aliás, uma vez brinquei aqui que talvez fosse uma forma de difamar um desafeto.

O termo em si surgiu, como de resto um bocado de coisa bacana, no efervescente século XIX, a partir da caricatura. O termo vem do francês charger, e imediatametne assumiu um conteúdo político com ironia corrosiva. Famosos e eventos do século não escaparam à charge: de Darwin a Napoleão, de Cecil Rodhes ao imperialismo que ele tanto acalentava.

Volta e meia vinham os jornais, a publicar os desmandos, hipocrisias, corrupções - que, olhem só, não são privilégio nosso. Reis e rainhas não foram poupados, como vimos ali na charge do imperialismo, nem os ditadores mais psicopatas fugiram delas. Alguns chargistas chegaram mesmo a ser presos e perseguidos, como conta o texto do prof. Fernando Moreti, acima citado.

Se eu soubesse desenhar, faria uma charge de uma imagem que me veio muito nítida: uma bandeira estadunidense composta por nuvens de gafanhotos. Claro, infelizmente não são só eles que têm essa postura diante do planeta. Enfim, até hoje não consigo esquecer esse desenho que me veio tão claro.

Mas (infelizmente para mim e talvez felizmente para o mundo) meus dotes artísticos não passam muito disso:

2 comentários:

Nanael Soubaim disse...

Tenho uma técnica para aprender a desenhar que ensinei a uma prima quando ainda muito criança, hoje ela vive da pintura. Mas isto é técnica, a composição do cenário demanda talento.

Adriane Schroeder disse...

Hum, eu adoraria saber desenhar...
Mesmo que sem um pingo de talento, faria naturezas mortas, bichos, marinhas, paisagens, flores... essas coisas. Contudo, não teria coragem de expor... talento eu não tenho, mas um pouco de bom-senso ainda me resta... rsss
:/