quinta-feira, 2 de julho de 2009

Uma História do Pop, por M. J.

Prima,


Uma das primeiras lembranças realmente concretas que eu tenho do Michael Jackson é por conta daquele seu vinil de Dangerous. Você lembra?
A capa cheeeia de detalhes estranhos... reis com cabeças de animais, uma criança segurando um crânio de sei-lá-que-bicho...várias estátuas, um macaco empoleirado lá no alto e bem no centro, os olhos enormes e enigmáticos do Michael.
Parecia mesmo um "perigo" um disco com tantas "mensagens ocultas", ainda mais pra uma família conservadora como a nossa. Um disco assim representava uma ameaça enorme aos costumes cristãos! Mas eu lembro muito de ter pego esse disco e o observado com a curiosidade do menino antipático que eu era: "Michael Jackson... ele é o cara!"
O cara dos sapatinhos pretos e meias brancas, das luvas com paetês (!)... dos saltinhos e gritinhos segurando o saco. Dos mil rodopios sem desequilibrar. E daquele passo incrível que o fazia deslizar de um lado a outro do palco. Só depois eu fui descobrir que chamavam de "Moonwalk".
Talvez as muitas reprises do filme "Moonwalker" e o frenesi em torno do clipe de "Black or White" me tenham feito cultivar um fascínio especial pelo cara.
Bom, muito tempo se passou desde meus primeiros contatos com o "Rei do Pop". Foi inevitável me tornar um admirador convicto depois de criar algum juízo e descobrir que antes de Dangerous (meu Deus!) já existia o JacksonFIVE, o Off The Wall, o Thriller, o Bad (além do Got to Be There e do Ben!).
E ainda as intervenções cirúrgicas e os muitos casos polêmicos envolvendo a vida pessoal do Michael, na tal Neverland. Tsc.
Incrível que depois de tanto, e finalmente com uma nova turnê prestes a acontecer, o Mike tenha deixado os fãs na mão.
E eu nunca pensei que essa notícia que pegou todo mundo de surpresa, fosse me abalar tanto. Agora, uma semana depois, é interessante avaliar que os fantasmas em torno da imagem dele tenham sido parcialmente dissipados - e que a lembrança daquele meu encanto pela capa de Dangerous tenha me feito descobrir, anos mais tarde, a genialidade de um artista que escreveu sozinho um capítulo da História da Música.


Eu precisava dividir isso contigo.

Beijão do Primo,
Dave.

5 comentários:

Edu disse...

Texto candidato ao Prêmio "AWN" do ano.

Infelizmente, ele se foi. Só nos resta torcer pra que alguem apareça que possa preencher essa lacuna.

E que possamos acompanhar a vida desse novo Semi-Deus, pra poder dividirr com filhos e netos.

Welcome Home, Little Bunny

Nanael Soubaim disse...

Só mesmo ele para te fazer marcar presença, Coniglio. Fio, esquece, ainda estamos esperando substitutos para Ella Fitzgerald, Karen Carpenter, Elvis Presley, Naty King Cole, Frank Sinatra, John Lennon, et cétera, e ainda não surgiu quem fizesse jus.

Rafaela disse...

DAVE DE VOLTA!!!!!!!!!!!!!!











ADORO.

Rafaela disse...

Eu era criança quando o MJ foi gravar no Pellot. Foi o maior frenesi.
Alguém aqui em casa tinha o Bad, nunca esqueço do Michael naquela jaquetinha de couro.

Adriane Schroeder disse...

Santo Michael fez seu primeiro milagre: trouxe Dave de volta para nós!
Não havéra´outro como Michael, Dave...