quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O cliente


Ao pagar, é o rei, é tão querido,
mas ao exigir, é o vil, o preterido.
Ouve promessas de todo lado,
antes de o produto ser comprado,
mas logo assume toda dor
ao transformar-se em comprador.
A garantia, os sorrisos
somem no instante preciso
em que assina o contrato,
e sai, mais uma vítima, um “pato”...
Nos ônibus, lojas, repartições:
má-vontade, incompreensões -
só faltam pedras para atirar,
mas ainda está ali, a comprar!
Nos serviços, supermercados e bancos
as informações vêm aos trancos -
ser cliente é ser maltratado,
é mal que não pode ser curado?
Pobre cliente! Pensa que é gente!
Tenta, em vão, seus direitos receber,
e mesmo nos lugares onde o deviam socorrer
é tratado como escória,
enrolado com todo tipo de histórias...
Cliente paga tudo, mas sempre é lesado,
no peso, na medida, na quantia é roubado...
Se você, lojista, fornecedor, acha que pode ficar contente,
lembre-se: não é você também um cliente?




Update: E quem nunca se sentiu assim?

3 comentários:

Nanael Soubaim disse...

Como o mau motorista, que só se lembra da própria carne quando está a pé.

Adriane Schroeder disse...

Verdade, né?
Isso me lembra aquele desenho clássico com o Pateta, Senhor andante e Senhor Volante, que deveria ser obrigatório nas escolas de trãnsito....
Bjs!

Edu disse...

Cliente TINHA sempre razão. Em algum ponto perdido da História Humana.

Parabéns, Dri.