sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Fluoxetina, Dramin e uma noite sem dormir

É no escuro que eu me calo. Calo meus lábios, mas mantenho a mente jogando palavras no ar.

É no escuro que eu esqueço de qualquer mágoa, tristeza ou decepção. É onde meu mundo se torna mais brilhante, onde eu sou o herói, onde eu alcanço a vida que eu quero.

É no escuro que não existem pudores, limites, ou regras. Não existe nada. Nada que me julgue.

Mas o coração palpita. Treme. As mãos suam. O calor vem, mesmo na noite fria... Pequenas estrelas brilham no escuro, prenunciando que algo nada bom vem por aí.

O arrepio vem, de alto a baixo, as pernas tremem, os braços doem e travam. O coração dispara novamente. Algo está errado.

O escuro se vai, mas a sensação não passa. O homem de roupa branca mal olha. Uma agulhada, e parece que tudo vai ficar bem. Mas não fica.

Volto ao escuro. Dizendo que tudo vai passar, que tudo vai ficar bem, que tudo isso está apenas na minha mente.

Por um momento, me convenço. E é nesse momento que eu me entrego.

Querendo que não aconteça outra vez...


5 comentários:

Adriane Schroeder disse...

Ah, Fio!
Só quem passou por essas situações sabe o quanto são doloridas...

Nanael Soubaim disse...

Coragem, filho. Não temos escolha senão laborar neste orbe.

Rafaela disse...

Gato, nesses momentos pense em todas as eguágis possíveis, ok?

fabio_ disse...

Torresmo-boy, nós nunca mais sentiremos fome novamente!

Anônimo disse...

muito bom.............