sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Die Liebe

"Die Liebe ist ein wildes Tier
Sie atmet dich, sie sucht nach dir
Nistet auf gebrochenem Herz
Und geht auf Jagd bei Kuss und Kerzen
Saugt sich fest an deinen Lippen
Gräbt sich dinge durch die Rippen
Lässt sich fallen, weich wie Schnee
Erst wird es Heiss, dann Kalt, am Ende tut es weh"*

*"O amor é um animal selvagem
Ele te respira ele te procura
Ele se aninha sob corações partidos
E vai à caça quando há beijos e velas
Ele chupa com força nos seu lábios
E cava túneis entre suas costelas
Ele cai suavemente como neve
Primeiro ele fica quente então frio por fim ele machuca"


Ele canta, todas as noites, pra ela. Mas ela não sabe.

Ele pensa nisso, todas as noites. Mas ela não sabe.

Ele sente desejo, sente carinho, sente um afeto que não sabe explicar. Mas ela não sabe.

Ela não sabe daquilo que vai em seu coração. Não sabe das noites que ele não dorme. Não sabe as dores que ele sente. Não sabe sobre os problemas que ele tem. Não faz idéia daquilo que ele tem aguentado.

Ela não sabe de nada.

Não sabe o que ele pode fazer, nem aquilo que ele não pode. Não sabe o que ele sente. Nem por ela, nem por nada.

Mas tudo bem. Ele também, não sabe sequer seu nome.

Ele apenas espera. O momento certo.

Pra ficar quente, depois frio, e então, machucar...




"Die Liebe ist ein wildes Tier
In die Falle gehst du ihr
In die Augen starrt sie dir
Verzaubert wenn ihr Blick dich trifft"


* Essa é uma música da banda alemã Rammstein, chamada "Amour".

1 comentários:

Adriane Schroeder disse...

Ela se despedaça lendo os textos terrivelmente poéticos dele, porque dentro dela há um ser inominável, reprovado por todos os seus pares, que a faz tentar a zombaria para escapar do aço de suas garras.
Ele não imagina o quanto seus textos mexem com ela, e o quanto ela almejaria ouvir ou ler ao menos uma só linha similar àquilo que ele escreve.
Ela escuta a música e a poesia envolta em toda dor dele, e quer parabenizá-lo pela devastadora delicadeza de suas palavras.