domingo, 11 de maio de 2008

Especial Dia das Mães: 1 e 2


Dona Vania (a n°1) e Christine (a n°2)


A número 1 é a da esquerda. Ela me gerou.

A número 2 é a da direita. Ela foi gerada pela número 1, também. Mas em alguns momentos, foi muito mais mãe.

A n°1 não teve um pai. Até hoje, ela me pede pra ajudar a procurá-lo. Mas a gente nunca consegue. Muitas vezes, ela brinca sobre o pai ter sido um rico fazendeiro, ou um milionário.

Brinca sobre irmãos que ela sabe que tem, mas nunca conheceu. Sobre tios que nunca souberam dela. Sobre uma família que nunca a acolheu.

Ela não foi uma criança desejada. Sofreu muito com isso. Sofreu pra nascer. Deu suas cabeçadas quando adolescente (e quem não dá?) até conhecer meu pai. Casaram, etc. Nasceu a n° 2, e depois eu.

Ela tem dois olhos verdes que diz que são furta-cor. Tem bochechas macias, gostosas de apertar.

E um beijo que cura qualquer dor. Seja no corpo, seja na alma. E um abraço que faz o mundo sumir à sua volta.

Tem um coração do tamanho do mundo. Mas também é teimosa como uma porta, quando quer.

Enche o saco, às vezes... Mas qual mãe não enche?

Elas temem que a gente se fira, no mundo. Mas sem se ferir, quem é que vive e aprende alguma coisa?

Ela é que até hoje me mantém vivo. Por não me deixar desistir. E sempre dando aquela força de mãe.

A n°2 nasceu da n°1. Nasceu sadia, forte. Bem cuidada. Com familia, pai, mãe, pedigree.
Era não só a primeira filha, como a primeira neta. Ganhou todos os presentes, ganhou todos os mimos. Ganhou uma infinidade de álbuns de fotos (eram coisa cara na época).

Foi planejada, desejada, querida. Não deu tantas cabeçadas assim... Infelizmente.

Porque ainda não entendeu certas coisas da vida. E chega a me procurar por conselhos.

A MIM.

Mas no meu pior momento, em que a n°1 não sabia muito oque fazer, ela foi quem segurou minha mão. Ela que perdeu noites de sono com um irmão que já tinha 21 anos de idade e controle
nenhum sobre si mesmo.

Ela que me levou pra onde eu precisava ir. Ela quem me guiou. No momento mais negro, ela foi a minha força.

Ela me deu a Luz, na segunda oportunidade de vida que Deus me deu.

Essa é a minha irmã.


E essas são minhas duas mães.

7 comentários:

Davi Coelho disse...

Caramba, Fio.
EMOCIONANTE o teu texto.
Feliz Dia das Nossas Rainhas.

=*

Rafaela disse...

Lindo ;)

fabio_ disse...

às vezes, a gente só quer o colo. mas elas sempre nos dão muito mais. que a gente nem sabia que precisava...

Cláudio Apolinário disse...

as mães são seres insuperáveis!!!

quando puder, soma um assunto por lá:

somarassuntos

Melissa de Castro disse...

Achei muito sensível e bonito, Fio.

E mãe é tudo. Simplesmente.

Luna disse...

Gostei de ver o lado sensível do Fio! Parabéns, parece que o odu negativo está se esvaindo!

Anônimo disse...

Snif,snif estou emocionada muito belo seu texto.