quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Devaneios de Vivi


Hoje enquanto observava as crianças brincarem (p/quem não sabe sou professora e atuo na educação infantil) me lembrei do quanto é bom ser criança e tenho certeza de que esta foi a melhor época da minha vida;

1º Pq. Minha irmã não havia nascido e eu não tinha que viver em função dela (Pri eu Te amo muito, mas você tem que reconhecer que enche o saco de vez em quando);

2º Sem irmã= Atenção da mamãe e do papai só pra mim! (adorava as massagens no pé antes de dormir);

3º Dinheiro? Só conhecia a nota de R$1,00. O que já era muito. Dava para comprar tanta coisa! Fazendo os cálculos por cima: bala 3 por R$0,10 + chiclete R$0,10 + pirulito R$0,25 e por aí vai...

4º Eu não tinha responsabilidades... Minha única meta ao acordar era BRINCAR E ME DIVERTIR muito!

E por falar nisso: brincar na rua... Nossa!! Era fantástico!! Quantas saudades! Tinha até revezamento; enquanto uma turma jogava Bete (Taco para os paulistas) as outras jogavam vôlei (eu nunca estava nesta), amarelinha, elástico (sou a campeã da minha rua... Também pudera eu só tenho pernas), futebol, etc. Nos dias de chuva após tomarmos banho nas bicas (o que não pode faltar) nos reuníamos na casa de alguém para jogar três Marias (aqui chamamos de pedrinhas), banco imobiliário ou qualquer outra coisa, contanto que a diversão fosse garantida... Tudo regado a muito suco de limão e bolinhos de chuva.

Tempo saudoso, como o qual nunca mais verei... Os amigos se foram; cada um seguiu sua vida. Uns se casaram, outros tiveram filhos, alguns saíram do país em busca de um sonho, outros trabalham, alguns trabalham e estudam como eu. Há anos não nos reunimos, talvez não os veja mais.

Ainda moro no cenário de minhas lembranças, infelizmente já não há tantas crianças brincando lá fora; não existem mais as "panelinhas", nem as bolas batendo nos portões; neste momento não ouço nenhum grito, choro ou barulho... Resta apenas o silêncio interrompido ás vezes pelo barulho de algum carro passando lá fora.

Chego portanto à conclusão de que os rostinhos felizes das "minhas crianças" (Professora possessiva falando) certamente não sentirão o prazer das roupas sujas, chinelos arrebentados e pés encardidos de outrora. Infelizmente assim como eu tudo mudou nos últimos anos... Como diz a música do Lulú: "Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia"...



Dedicado ás queridas amigas de infância Camila e Juliana...



5 comentários:

Edu disse...

Como já dito, fofa, tá ótimo.

Também fico com saudades do barulho de bolas batendo no portão, de zoeira na rua... etc...

Coisas da idade chegando...kkkk

Parabéns e beijos.

Frankulino disse...

A coisa que me dá mais saudades dessa época era a hora em que eu chegava na escola. Lembro de chegar com o coração leve, a bolsa leve, e a mente leve...

Vestibular era ciosa longe... Atividade de casa era de somar...

Brincava muito!

Ir nos campos (na minha cidade, principalmente no meu bairro, ainda tem muitos campos de futebol livres e praças) e subir nas árvores... Comer jambo e azeitona...



Deu saldade esse texto!


Muito bom Vivi!


Deve ter sido no dia do clack quando você escreveu num foi?


bjus!

Anônimo disse...

Eu nunca brinquei na rua, só no colégio e com os primos nas férias!Quando voltava da escola ficava lendo e vendo Sessão da Tarde!Eu gostava de elástico e bambolê, nunca gostei muito de barbies!No meu prédio não tinha muita criança e na minha rua passa ônibus demais =(

Melissa de Castro disse...

Morro de saudade dessa época que não sabíamos o que era responsabilidade. Vivíamos querendo ser gente grande, mas quando finalmente conseguimos, queremos voltar no tempo.
Parabéns pelo texto, Vivi! Ficou ótimo!

Luna disse...

Aqui no meu bairro, as crianças ainda brincam na rua. Só que é bem mais perigoso... E me parece que não existem mais aquelas brincadeiras antigas, o máximo que fazem é jogar bola ou andar de skate.